Entenda a diferença entre inovação disruptiva e incremental
Nesse artigo, vamos discutir a diferença entre inovação disruptiva e incremental, os seus papéis atualmente e os resultados gerados por elas. Mas vamos entender a importante definição de inovação?
Inovação é a conversão de uma ideia gerada em negócio. Dessa forma, está ligada a algo que deve ser novo, viável, prático e que gere mudanças, atuando inclusive no plano econômico e social. Quando uma nova ideia não tem sua viabilidade comprovada, é apenas uma invenção.
Em função disso, o fato inovador pode ser representado por uma equação:
inovação = ideia + implementação + resultados
ou
inovação = conhecimento + prototipagem + viabilidade comercial
Em relação à abrangência do conceito de inovação, o manual de Oslo apresenta a seguinte definição:
“Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.”
É hora de avançar e falar sobre as diferenças entre inovação disruptiva e incremental.
INOVAÇÃO DISRUPTIVA
Caracterizada por um produto, serviço ou modelo de negócios que é tão bem aceita pelos clientes e colaboradores que gera um novo mercado. Esse tipo de inovação radical desestabiliza a concorrência a tal ponto de haver a possibilidade de extinção dos negócios que se atêm ao molde anterior. Nesse processo de obsolescência e abandono do antigo pelo novo está o ponto central de sua definição:
A inovação disruptiva não agrega valor, mas cria um novo valor.
Em geral esse ato inovador fica restrito inicialmente a um público conhecido como visionário ou de primeiros adeptos, justamente por se aventurarem no uso de um produto/serviço/ideia que ainda não obteve uma validação social maciça. À medida que passa a ser difundido pelos canais de marketing, pelos elogios dos clientes, a inovação se impõe frente ao mercado até abocanhar todo o segmento.
EXEMPLOS
A inovação disruptiva está presente há séculos na sociedade, desde a criação do barco a vapor em substituição ao barco a vela, ou ainda do papel ao substituir pergaminhos.
A inovação disruptiva também está ainda mais presente nos últimos 30 anos, com a quase extinção dos telefones fixos domésticos causados pelos smartphones. Outros exemplos incluem a Wikipedia em substituição às enciclopédias ou em modelos de negócio como o de streaming oferecido pela Netflix, ao concorrer com os modelos de negócios de vídeo-locadoras e aluguel do sinal da Tv a cabo.
INOVAÇÃO INCREMENTAL
Caracterizada por melhorias moderadas nos produtos e processos de negócios em vigor, ou seja, trata-se uma melhoria em cima de outra inovação. Apesar do atual enfoque dado à disrupção, a melhoria contínua é extremamente valiosa para fornecer proteção em relação ao fator concorrencial, que tende a gerar redução da fatia de mercado, na lucratividade ou em ambas. Dessa forma, a inovação incremental também passa a ser um propulsor na evolução do produto, serviço ou processo ao agregar mais valor ao cliente.
Por fim, é ainda a forma mais barata e menos arriscada de inovar, visto que a maior parte das inovações incrementais não demandam tantos custos referentes a pesquisa e desenvolvimento.
EXEMPLOS
Entre as inovações incrementais podemos citar a evolução do CD comum para CD duplo, ou ainda o CD regravável. Os automóveis são ótimos exemplos de melhoria contínua, uma vez que tangenciam evoluções na área de segurança (como air bags, novos tipos de freios), eficiência e conforto. Ainda podemos citar no meio digital, os métodos ágeis e facilitados de pagamento em aplicativos.
CONCLUSÃO
Fica claro que a inovação radical e a incremental devem andar juntas em um empreendimento que almeja se manter no mercado. Investir apenas em inovação incremental pode ser um problema principalmente em ambientes altamente competitivos, em que as chances de que alguém faça algo parecido ou melhor são grandes. Para esses caso, os especialistas concordam que a inovação disruptiva é a mais importante, justamente por criar um divisor de águas.


